Sobre a falta de um bom pai na vida.


O dia dos pais passou e trouxe um pensamento sobre aqueles que cresceram sem a figura paterna em suas vidas. Será que o modelo familiar desfalcado em sua figura paterna traz algum problema à construção como individuo, seja consigo mesmo ou com a sociedade?


Conversando com alguns amigos que são professores de ensino fundamental, eu soube que não se comemora dia dos pais em muitas escolas por conta de um pensamento exclusivo que pode ocorrer contra a criança que não tem um pai. Fiquei pensando se isso é mesmo adequado; adiar na vida da criança a verdade sobre a ausência do seu pai e de que os outros tem pai.


Mas voltando ao pensamento sobre a construção do individuo acredito que a resposta é "Sim", a ausência de um bom pai fará diferença na construção do individuo. Procurando exemplos práticos esbarramos nas estatísticas que envolvem dinheiro: pai e mãe juntos tem mais dinheiro do que sozinhos, o que já sugere uma vida mais confortável ao filho, sem dúvida.


Olhando pelo lado humanístico, o pai pode suportar a mãe e vice-versa o que também abre um leque enorme de oportunidades contra problemas de relacionamento, como a educação básica, a assistência generalista ao menor e também as possibilidades de emoções, sentimentos e vínculos que podem se criar e estruturar melhor esse pequeno ser em construção.


Não acredito, no entanto, que a ausência do pai impossibilite ou inviabilize totalmente que a criança se torne o melhor adulto possível. Muitas vezes é melhor que o pai fique longe por não ser uma boa pessoa ou não estar pronto para ser um bom pai; a mãe pode ter todas as condições necessárias para ajudar o filho a trilhar o próprio caminho e isso é sabido mesmo sem a intervenção científica ou estatística, basta observar a própria natureza e a resposta é clara: a figura do macho muitas vezes é apenas para procriação.

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