Tarefa difícil: lidar com gente chata cheia de razão.


Quando chega na roda de amigos sempre aparenta um silêncio constrangedor antes que alguém (re)comece um assunto? Sempre acha importante a sua própria opinião forte sobre qualquer outra? Elege a solidão como um prêmio por não precisar de ninguém? Pensa que o destino, a oração e um algo místico é soberano a qualquer possível necessidade de relação humana? É constantemente negativo ao iniciar um projeto, responder a sua preferência e tomar alguma decisão? É inconveniente, sensível demais e promove constrangimento para conseguir atenção?


Muitas respostas positivas podem indicar que a pessoa é chata. Conceituar uma pessoa chata é simples: dificuldade para se relacionar autenticamente, imaturidade com as emoções em geral tanto as próprias como as dos outros e uma negatividade impregnada em cada atitude e discurso. Podemos separar em grupos: as pessoas chatas por opção e as chatas por consequência. A opção pela chatice promove uma falsa sensação de segurança com os próprios valores, sentimentos e relações. Um trauma e condicionamento constante pode levar alguém a assumir a posição chata sobre a vida. Para ambas as situações é importante entender a limitação que ocorre principalmente na própria maturidade e relacionamentos.


Vamos concordar que ninguém quer uma pessoa chata ou ser o próprio chato no grupo e na vida. Algumas fases nos tornam mais introspectivos, fechados e realistas demais, isso é natural e não classifica como uma pessoa chata, problemas e fases ruins todos nós temos, o que vai diferenciar a fase da personalidade é o conhecimento sobre si mesmo e a abertura que permite nos relacionamentos. Conseguir avaliar e perceber a negatividade, a inflexibilidade, o excesso de sensibilidade e a necessidade de atenção inconveniente. Aceitar aquela “crítica construtiva” em nome da própria evolução, trocar experiências e aceitar conselhos por entender que a própria construção como um humano só se dá em meio a outros humanos e não sozinho. Em outras palavras é concordar com a mudança, se abrir ao mundo e aceitar humildemente que somos feitos da mesma matéria.

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