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Novidade!

Tirar essas ideias da mente para ficar em paz.

Tudo começa com uma pulga atrás da orelha, um pensamento aqui e ali, um sentimento de que algo está fora do lugar e de repente a insatisfação e a dúvida surgem. O evento que desencadeia essa transformação varia bastante de pessoa para pessoa, mas a consequência é sempre rever as próprias verdades e valores. Algumas ideias que sempre mudam com o tempo são: Agradar todo mundo para ser aceito e se sentir bem na própria pele. Entre a infância e adolescência é comum uma pessoa mudar bastante procurando a aceitação do grupo, mas ao longo da vida adulta é esperado que essa ideia seja desconstruída e dê lugar a mais autenticidade, espontaneidade e autoestima. Ninguém é feliz vivendo só para agradar aos outros. Acumular o máximo de bens para conquistar a felicidade. Os pais e avós vendem essa ideia e é compreensível para quem viveu numa época com alta inflação e falta de liberdade, mas não é uma ideia que se sustenta por toda a vida. O aprendizado é que o dinheiro é necessário, ...


É preciso lidar com o arrependimento.


Arrependimento está descrito como negação ou desistência de algo que foi feito no passado, um sentimento de pesar e lamentação pela ocorrência anterior e um certo remorso. Entende-se como verdadeiro o arrependimento quando há uma demonstração de remorso nítida e palpável, mas um fato que precisa de compreensão é que não é possível ter certeza sobre o sentimento de outra pessoa. Ao falar de arrependimento, remorso e vontade pela mudança é humano acreditar no que a pessoa diz até que se comprove o contrário.


Quando nos arrependemos de algo uma nuvem de sentimentos, emoções e reflexões podem se apresentar: vergonha do erro, medo da opinião alheia, tristeza pela impotência sobre o passado. O que fazer? Com quem contar? Por onde começar? Essa tristeza e remorso são normais? Durante esse processo há uma divisão entre as pessoas que lidam bem com o perdão e as que são rancorosas. Quem lida bem com o perdão consegue retirar uma lição do arrependimento, aprender e se perdoar para então seguir em frente. A dificuldade com o perdão atrasa esse processo, desfigura o aprendizado e em casos mais severos pode levar ao transtorno mental como buscar uma autopunição mental e ou física para resolução da dor e angústia que sente.


Os exemplos mais comuns de arrependimento envolvem a comparação com outras pessoas e uma autocrítica severa demais. Ao invés de ter seguido por esse caminho, deveria ter seguido o mesmo caminho do amigo vitorioso. Escolheu diferente e não foi bom, se tivesse escolhido igual ao primo poderia ter ido melhor. Não fiz o melhor que pude, deveria ter feito ainda mais, mas agora não há mais tempo. Poderia ter feito diferente se tivesse pensado melhor, mas agora não tem como voltar atrás. Deixei de falar naquele momento, fiquei com medo de dizer não, aceitei para não ser diferente, fiz porque não queria desapontar e agora não há como reviver ou apagar o que está feito.


Importante dizer que devemos diferenciar o arrependimento e o remorso, enquanto o primeiro é complexo e envolve muito do nosso ser, o segundo é uma emoção geralmente causada por arrependimento. Dá para dizer que todo arrependimento pode conter remorso, mas não é todo remorso que contém o arrependimento. Arrependimento é necessário para evolução pessoal, resolver problemas nos relacionamentos, detectar erros, soluções e sentimentos que estão ou não no nosso controle, por exemplo, mas não é algo que devemos cultivar e prolongar, seja em nós mesmos ou nos outros, por qualquer motivo que seja, mesmo os religiosos. Arrepender-se é positivo, mas manter-se arrependido é negativo, esse movimento exige muita energia e tempo que não conseguimos recuperar depois, então perceba, arrependa, perdoe, aprenda e siga a sua vida.

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