PSIONCARE

A história da humanidade está marcada pelo preconceito. É algo quase estrutural em nossa sociedade desde a mais inocente piada ao assassinato dito ao longo desse texto. É algo tão impregnado que se justifica pelas estatísticas: morte diária de LGBT, mulheres e negros que ganham menos no mercado de trabalho e por aí vai. O racismo deixou uma vítima recentemente aqui no Brasil, o João Alberto Silveira Freitas, morto por espancamento em Porto Alegre, mais informações podem ser vistas numa rápida pesquisa pela internet. Com notícias como essa fica claro que estamos longe de aceitar a diferença do outro de forma acolhedora e respeitosa. Há sempre um impeditivo ao respeito, muitas vezes justificada na religião, no medo do desconhecido e na "pseudo" intelectualidade, talvez a pior de todas justificativas. Humanos se empoderam de razões injustificáveis para se fazer dizer e então entramos num paradoxo quase (quase mesmo) infinito: se devemos respeitar e aceitar à todos ...

O caso Isabella Nardoni é o triste acontecimento sobre o assassinato da pequena Isabella pelo pai e madrasta, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá respectivamente. O caso teve grande cobertura da mídia e há bastante informação sobre o caso aqui na internet. Muito triste e revoltante a morte de uma criança assassinada, ainda mais pelos tutores, essas pessoas que deveriam oferecer suporte, amor e carinho. Com toda a cobertura da mídia pode-se encontrar todo o tipo de informação, reportagem e resenhas de pessoas sobre o crime. Acompanhando essas matérias um sentimento estranho fica que é o de frieza por parte dos assassinos. Tanto a Anna quanto o Alexandre parecem frios e calculistas sobre os próprios interesses, não se percebe remorso honesto sobre o crime. É complicado julgar, mas fica a impressão de que tudo foi realmente premeditado, pensado com cautela em vários momentos até a execução final. A mãe da criança, Ana Carolina Oliveira, é outra figura que ...

Tudo o que ocorre deixa uma marca em nós mesmos, todos os movimentos e experiências que vivenciamos nos tornam diferentes do que éramos ontem. Esse é o movimento da vida e o esperado para todos nós. Algumas dessas experiências são mais radicais, modificam praticamente toda nossa existência, outras são mais profundas, deixam cicatrizes que demoram para sarar. Sobre essas marcas mais profundas que esse texto se refere. Quantas vezes fingimos que nada aconteceu porque a dor é tão grande e profunda para enfrentar que a saída "passar por cima" parece mais razoável no momento? Isso, infelizmente não resolve o problema, contorna-o apenas. Devemos enfrentar, encarar a dor e aceitá-la, escolher que ela exista para que assim ela se desgaste e desapareça. A cicatriz irá ficar, mas não como uma marca de desgraça e sim de batalha vencida, orgulhosa. Melhor do que assistir a ferida aberta, sangrando um pouquinho por dia até que não haja mais vida em nossa alma e...

O medo é algo natural e inato no ser humano, ele serve para nos proteger do que é potencialmente perigoso, nos preparando para mais precaução e cuidado em determinadas situações. A cautela é necessária, como sabemos, para muitas situações assim como atravessar uma rua movimentada, preparação para entrevista de emprego e iniciar um novo projeto em geral. O que ocorre e é negativo, é o movimento que traz a insegurança perto demais e o tempo todo, nos paralisando por assim dizer, para agir em situações que não deveríamos barrar. Esse movimento pode nos fazer perder muitas possibilidades de alcançar a almejada felicidade. Não chegando ainda na ansiedade há um passo em que escolhemos o 'não' por segurança, por comodismo e porque aquela sensação do "nada vai mudar mesmo" reina soberana. Muitos coachings e "gurus" oferecem saídas para isso de formas mirabolantes o que nem sempre dá certo. O caminho para encontrar o "permita-se"...

Imagine um mundo onde as pessoas pensam sempre no próprio umbigo, sem se preocupar umas com as outras. Pois é... Um mundo assim seria devastador, por isso um importante aprendizado que todos nós precisamos é o de vencer o próprio orgulho e aceitar o outro. Aceitar é uma escolha que muda e afeta todo o grupo positivamente. Importante a palavra "aceitar" nesse contexto porque ela entrega a compreensão necessária ao movimento que é o de fazer uma escolha sobre si mesmo e permitir que essa escolha gere as consequências necessárias, para que essas consequências possam construir outros movimentos que nos ajudem no processo de evolução. Nesse desenho não cabe o orgulho, a centralização nos próprios interesses, desconsiderando outras pessoas e possibilidades. Afinal, o radical desequilibra e é sempre ruim. Sempre irá existir por conta da diversidade humana algumas "pessoas azedas", que não querem sair da redoma que construíram para si mesmas e qu...

A traição é faltar com o compromisso acordado no contexto do relacionamento e é não cumprir uma meta pré-estabelecida assim como no namoro, noivado e casamento, a promessa de fidelidade. Bom, mas o que é ser "corno" no relacionamento e qual é o preço disso? Dá para imaginar vários pontos, mas um que é contextual é o de que a pessoa ofendida quem deve oferecer o plano de fundo para toda história. Em outras palavras, ela quem precisa definir se está se sentindo traída, qual o motivo e qual será o próximo passo após tudo isso. Para muitos é bem simples: basta mandar o traidor "para aquele lugar", aguardar a tristeza do luto passar, vencer e dar a volta por cima com uma pessoa melhor, mais bonita e mais amável. Um sonho lindo, quem dera fosse real e possível para todos nós, mas na realidade a traição é um rasgo num tecido muito delicado; até dá para remendar, mas não ficará firme novamente. Então pode-se dizer que o preço da traição ao relacionamento é o d...